Preços do gás, gasolina e diesel não cairão na Bahia. A culpa é da privatização!

O anúncio feito nesta terça, 16, pela Petrobras de fim da política de Preço de Paridade de importação (PPI) e redução dos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, não terá impacto nos valores dos produtos na Bahia.

Com a cumprimento da promessa do presidente Lula de ‘abrasileirar’ os preços dos combustíveis, a redução será de 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel. Mas os baianos não serão beneficiados com a queda de preços por ter a uma das duas refinarias de petróleo privatizadas do país pelo ex-presidente Bolsonaro. A outra foi no estado do Amazonas.

A operadora da Refinaria Landulpho Alves (atual Mataripe), Acelen afirmou que não seguirá a política de preços da Petrobras. Em comunicado, a empresa privada informou que os valores seguem critérios técnicos e que por isso não sofrerão alteração.

Fundo Árabe – A Acelen foi criada pelo fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos Mubadala, para gerir a refinaria adquirida no processo de privatização do Governo Bolsonaro. Além da refinaria, a venda entregou ao fundo árabe 669 km de oleodutos, que ligam a refinaria ao Complexo Petroquímico de Camaçari e ao Terminal de Madre de Deus, e outros três terminais da Bahia (Candeias, Jequié e Itabuna).

A Refinaria Landulpho Alves é a primeira refinaria da Petrobras e a segunda maior do país em capacidade de processamento, em atividade desde 1950, antes mesmo da fundação da Petrobras. A RLAM foi responsável pelo início de um ciclo impulsionador da indústria regional nacional, com a criação da Petrobras, em 1953, incentivando ainda o desenvolvimento do primeiro complexo petroquímico planejado do país e maior complexo industrial do Hemisfério Sul, o Polo Petroquímico de Camaçari, instalado na Bahia em 1978.

Privatizar é ruim – O Sindiquímica é contra a privatização das atividades essenciais do estado brasileiro, como o setor de Minas e Energia e esteve junto a outras entidades sindicais, como o Sindipetro, em mobilizações para evitar o desastre anunciado, pois todos já sabiam o prejuízo que seria a entrega da refinaria para um grupo de investimento sem qualquer compromisso com a soberania nacional e com a vida das famílias brasileiras.

Durante os piores momentos da pandemia de Covid, o irresponsável governo Bolsonaro permitiu que os baianos pagassem, junto com a população do Amazonas, o combustível mais caro do país, em consequência da insensibilidade da Acelen e da ambição pelo lucro da iniciativa privada.

O SIndiquimica aguarda uma atitude do Governo Lula, afinal de contas, a promessa era abrasileirar os preços do combustível e os baianos também são brasileiros e merecem esse benefício por parte do governo federal.

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