De forma recorrente, temos acompanhado muitos casos de pessoas em situação análoga à escravidão tomarem os noticiários brasileiros. Somente neste ano, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 523 vítimas foram resgatadas no país de situações degradantes que se assemelham à escravidão.

Na indústria química, a multinacional de sementes Basf é uma das grandes empregadoras que está envolvida em escândalos de trabalho análogo à escravidão. Em Uruguaiana (RS), na Fronteira Oeste, 85 trabalhadores foram resgatados desse tipo de situação em lavouras de arroz. Segundo a conclusão das investigações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a marca e os proprietários de fazendas são apontados como responsáveis pelas precárias condições em que os agricultores se encontravam.

A Coordenação Nacional da Rede de Trabalhadores BASF pediu formalmente nesta segunda-feira (20/03) uma reunião com a direção da empresa. O intuito é obter esclarecimentos sobre as denúncias de trabalho escravo divulgadas pela grande imprensa.

Infelizmente, esses episódios são uma realidade muito presente no Brasil e colocam em evidência a necessidade de ações, tanto do poder público quanto da sociedade civil e empresarial, para combater estes crimes que cotidianamente são desvelados em alguma parte do país.

Posição do Sindiquímica

 

O Sindiquímica presta solidariedade às vítimas e reafirma o seu compromisso com a classe trabalhadora e com a defesa da ética social e dos direitos humanos. Além disso, se compromete a não se calar em situações de violências e violações de direitos e repudia todo e qualquer tipo de condição precária de trabalho.

Em caso como esses, é importante que toda a sociedade atue em conjunto e denuncie. Desde 2020, denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser realizada, de forma anônima, no Sistema Ipê, plataforma digital criada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).

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