Na Bahia, a violência policial é uma realidade permanente que atinge, sobretudo, a população negra e periférica. Com frequência, os noticiários locais  são tomados por informes de balas perdidas a ações policiais que resultam na morte de pessoas pretas.

Alguns casos que retratam esse cruel cenário aconteceram logo no início do governo de Jerônimo. Em Lauro de Freitas, o marceneiro Givanildo Lino, pai de três filhos, foi morto neste mês vítima de policiais que o confundiram com um ladrão no bairro Portão.  

Ainda neste mês, um adolescente de 15 anos foi baleado durante uma ação da Polícia Militar no bairro de Massaranduba, em Salvador.  Situações como essas, que atravessam gestões de governantes do estado, colocam em evidência a necessidade de ações que protejam realmente a população daqueles que tem como finalidade constitucional preservar a ordem pública e defender os cidadãos. Se as ações oferecem riscos aos cidadãos, devem ser planejadas e repensadas.

Diante do contexto, o Sindiquímica se coloca como porta-voz das pessoas que sentem na pele o peso da violência do mau policial e destaca que ela jamais deve ser admitida em um Estado Democrático de Direito. É inadmissível que o direito à vida seja constantemente violado pela ação truculenta da polícia através de um modelo de segurança pública omisso e falho. 

Por isso, como entidade que defende a ética social e os direitos humanos,  o sindicato repudia as ações violentas e irresponsáveis da polícia. Além disso, exige das autoridades competentes a responsabilização dos envolvidos no caso de ambas as vítimas que foram expostas nessa nota de repúdio, assim como assistência e também reparação às famílias. 

Polícia é para garantir a segurança da população, não para matar pai de família ou  alvejar jovens negros. É dever do Estado investigar e afastar os profissionais que maculam a instituição, garantindo o direito de defesa que foi negado às vítimas. O Sindiquímica, nesse cenário, reafirma sua indignação diante da violência praticada por alguns policiais e reitera que o governo do estado, que é democrativo e foi eleito pelo povo trabalhador, não pode se omitir diante desses fatos. É necessário agir e apresentar soluções para a população.  Queremos justiça!

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