Hoje,  8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, um calendário político criado em prol dos direitos das mulheres, que seguem em uma trajetória de luta para conquistar e ter o seu espaço respeitado. 

Dia Internacional da Mulher

Nessa data, que é um marco imprescindível para o reconhecimento do papel do feminismo na sociedade, um movimento que tem assegurado à população feminina representatividade e igualdade de direitos e oportunidades, o Sindiquímica destaca a importância das mulheres no movimento sindical.  Por meio do sindicalismo, as trabalhadoras revolucionaram o Brasil e abriram espaço para que mais mulheres participassem ativamente da luta pelos direitos trabalhistas e sociais. 

Além disso, a trajetória sindical das mulheres, que viabiliza hoje o debate sobre equidade e igualdade entre os gêneros, também gera bons frutos para a população feminina no ramo político. É o que reconhece a diretora de base do Sindiquímica, India Mafra Vilasbôas. “A participação de mulheres no sindicalismo é de extrema importância para formação de lideranças políticas futuras e também para a manutenção dos direitos que já foram conquistados”, destaca ela.

De fato, muitos foram os progressos conquistados pelas batalhas travadas lá atrás pelas trabalhadoras que se opuseram ao sistema patriarcal e machista. Contudo, apesar de vislumbrarmos melhorias na sociedade, a luta está longe de terminar.  As mulheres ainda sofrem na conjuntura social, sobretudo, quando o assunto é ocupar os espaços, e isso vale também para o movimento sindical – um espaço majoritariamente ocupado por homens.

Nesse cenário, a também diretora do Sindiquímica, Luciola Semião, explica que o movimento sindical precisa mudar para se tornar mais acolhedor para as mulheres. A mudança, segundo ela, tem que partir do entendimento que a realidade da população feminina ainda é marcada pelo dupla ou tripla jornada, pelo machismo, sexismo e estereótipos. 

“Dentro desse contexto, para que mais mulheres adentrem ao mundo do sindicalismo, o movimento sindical tem que abrir espaços para que a população feminina ocupe cargos de comando, isso sem sofrer assédio e perseguição. As mulheres precisam se sentir seguras nesse espaço para fazer parte da luta”, enfatiza Luciola.

O Sindiquímica reconhece a importância das mulheres na luta sindical e segue no enfrentamento para que cada vez mais elas se sintam seguras para se sindicalizar e ocupar os espaços que quiserem na sociedade. O movimento sindical existe para acolher e fortalecer as minorias políticas e econômicas, que têm seus direitos constantemente feridos dentro do corpo social, empresarial e político. 

Às mulheres, nessa data política, nossos mais sinceros obrigado. Vocês revolucionam a luta sindical dia após dia. 

Histórico da data 

O Dia Internacional da Mulher foi oficialmente criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1977. No entanto, desde o início do século 20, o  dia 8 de março fazia parte da agenda dos movimentos femininos. 

As sementes para que a data se tornasse esse forte movimento político de hoje começaram a ser plantadas em 1908. Esse foi o ano em que 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York em defesa da redução das jornadas de trabalho, salários melhores e também do direito ao voto. 

Após esse período, em 1910, a ação inspirou a jornalista e ativista Clara Zetkin a criar uma data anual para comemoração da luta das mulheres. A proposta foi feita na conferência de mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague. Entretanto, um dia não foi definido. 

A data foi formalizada apenas em 1917, após uma  passeata realizada por milhares de mulheres russas em meio à primeira guerra mundial.  Na mobilização, as mulheres pediram direitos para o gênero feminino. O ato começou em 23 de fevereiro, isso  pelo calendário juliano, utilizado na Rússia na época. Contudo, este dia corresponde a 8 de março no calendário gregoriano. Por isso, o Dia Internacional da Mulher é comemorado hoje.

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