Contra a Privatização
Trabalhadores da Bahiagás fazem protesto contra venda de ativos da empresa

Junto com o Sindiquímica Bahia, trabalhadores e trabalhadoras da Bahiagás saíram hoje, 17/11, do seu local de trabalho e fizeram uma assembleia na frente da empresa, na Avenida Magalhães Neto, em Salvador, contra a privatização da empresa pelo governo do estado.

Os trabalhadores decidiram realizar uma passeata até a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no Stiep, para denunciar o processo de privatização da empresa, que segue em curso, e para chamar a atenção da sociedade baiana das consequências da venda dos ativos da maior distribuidora de gás natural do Nordeste e a segunda do Brasil.

“Temos experiências muito ruins de privatização aqui na Bahia, a exemplo do que aconteceu com a Refinaria Landulpho Alves, que fez o preço da gasolina disparar no estado, e a privatização da Coelba, que hoje é campeã de reclamações no Procon pelos maus serviços prestados. Não queremos que mais essa mazela aconteça com o povo baiano”, alertou o diretor do Sindiquímica e da Central Única dos Trabalhadores (CUT / Bahia), Alfredo Santos Junior.

O protesto contra a privatização da Bahiagás também cobra do governador Jerônimo Rodrigues (PT) que siga o exemplo do governo federal e, assim como Lula suspendeu a venda de qualquer ativo da Petrobras, o governador da Bahia suspenda a venda de qualquer ativo da Bahiagás.

“Não adianta ir para a imprensa dar entrevista dizendo que é contra a privatização e não tomar nenhuma atitude concreta para barrar a privatização. Os trabalhadores estão aqui, em manifestação, para conclamar ao governador o imediato distrato com o grupo Genial, pois estamos recebendo denúncias de que a presença do grupo Genial dentro da Bahiagás já está causando adoecimento psicológico aos trabalhadores, pois o grupo Genial, de forma ostensiva, entrevista os trabalhadores, que se sentem ameaçados”, denunciou Alfredo Santos Junior.

A mobilização do Sindiquímica e dos trabalhadores continuará até terem a certeza de que nenhum ativo da Bahiagás será vendido pelo governo da Bahia e a empresa não será privatizada, para que a Bahiagás possa continuar gerando emprego, desenvolvimento e renda para a economia da Bahia e para o povo baiano.

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