Sindiquímica integra grupo de estudos sobre exposição ao mercúrio

No último dia 18/05 foi realizada na sede do Sindiquímica Bahia, em Salvador, uma reunião sobre a situação dos trabalhadores da antiga CQR (Companhia Química do Recôncavo), expostos ao mercúrio, para saber a situação de saúde deles e passar algumas informações.

Está sendo criado um grupo de estudos com médicos e pesquisadores de universidades daqui da Bahia e de São Paulo e representantes dos trabalhadores e de outros órgãos públicos e privados. O objetivo é a construção do plano de atendimento e avaliação da saúde dos trabalhadores contaminados por mercúrio.

A empresa CQR fechou, passando ao controle da Braskem em 1995.

Desde 2018, o Brasil é signatário da Convenção de Minamata, acordo internacional que limita o uso de mercúrio por problemas que o metal causa ao meio ambiente e à saúde. No âmbito do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a convenção envolve mais de 140 países, preocupados com o fato desse metal possuir alta toxicidade e particularidades de seu ciclo biogeoquímico, em especial o efeito cancerígeno, dentre outras implicações deletérias à saúde dos seres vivos atingidos.

A Doença de Minamata é uma patologia neurológica causada pela intoxicação por mercúrio severa, que pode causar danos nos sistemas nervoso, digestivo e imune, além de problemas no coração, pulmões e rins. Descoberta pela primeira vez em Minamata, Japão, em 1956 foi causada pela contaminação por metil mercúrio através da água residual liberada da indústria química Chisso, que durou de 1932 a 1968. Cerca de 5 mil pessoas foram atingidas. Além das vítimas que ficaram com sequelas graves, estima-se que o número de mortos tenha chegado a 900 pessoas. Minamata ficou conhecido como um dos maiores desastres ambientais do planeta.

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