Saída da Ford revela importância de sindicatos fortalecidos na garantia de direitos

A montadora de veículos Ford anunciou o fechamento das empresas no Brasil, entre elas a unidade de Camaçari. Só na Bahia serão mais de 7,2 mil desempregados, entre trabalhadores da Ford e mais terceirizadas e fornecedoras. Com o efeito multiplicador que atingirá a economia da cidade e de cidades vizinhas, o número pode chegar a 60 mil empregos indiretos extintos.

A saída de empresas como a Ford é consequência do momento de insegurança e descrédito internacional do país, sob o comando de um presidente incompetente e autoritário e de uma equipe econômica sem condições de trazer de voltar o desenvolvimento que o país experimentou na década passada.

“Acabou a mamata”. Essas e outras agressões tornaram-se frequentes nos últimos anos, vindo de bolsonaristas para desqualificar a luta sindical e a importância dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Neste momento, em que empresas como a Ford, decidem abandonar o país e engrossar a massa de desempregados, que já ultrapassa mais de 14 milhões de brasileiros, os sindicatos exercem a missão de garantir que as empresas paguem as indenizações devidas aos funcionários e ainda pressionam o governo a exigir dessas multinacionais o cumprimento das obrigações legais pelos incentivos fiscais que receberam ao longo dos anos.

Os Sindicatos também estão cobrando políticas de compensação aos prejuízos causados pelo fechamento dessas fábricas, que atinge toda a sociedade, em especial, as famílias de trabalhadores e trabalhadoras. Essa é a missão dos sindicatos que não se dobram à essa onda autoritária que atravessa o Brasil.

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