O Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 08 de março, celebra a luta histórica das mulheres por seus direitos e pela igualdade de gênero. Nesta data, o Sindiquímica Bahia destaca a força e resistência das mulheres trabalhadoras, essenciais no dia a dia das fábricas.

O mercado de trabalho é um dos espaços onde as desigualdades entre homens e mulheres manifestam de forma mais evidente. Apesar de provar cotidianamente sua competência, as mulheres enfrentam desafios para ingressar, permanecer e ascender no mercado de trabalho em condições dignas e justas.

Um dos graves problemas está na discriminação salarial e de critérios remuneratórios, com as mulheres recebendo, em média, menos do que os homens pelo mesmo trabalho ou por trabalhos de igual valor. Além disso, há a sobrecarga do trabalho de cuidado não remunerado, com as mulheres acumulando as responsabilidades de cuidar da casa, dos filhos, dos idosos e de pessoas doentes. Esse trabalho não é reconhecido nem valorizado economicamente, e impõe às mulheres dupla ou tripla jornadas que limitam suas oportunidades de educação, capacitação, lazer e bem-estar.

A diretora da Secretaria da Mulher e Combate ao Racismo do Sindiquímica Bahia, Lucíola Semião, chama atenção para os avanços que ainda precisam ser garantidos às mulheres, sobretudo em relação aos direitos trabalhistas.

“No Dia Internacional das Mulheres é preciso falar sobre a representatividade das mulheres nos diversos espaços da sociedade: no mundo do trabalho, no movimento sindical, no legislativo, pois mesmo com todos os avanços nos debates de gênero na sociedade, ainda é preciso validar nossa luta dentro e fora do movimento sindical e da política, e a representatividade é importante para que haja o reconhecimento da capacidade de trabalho intelectual das mulheres”, desta Lucíola.

Neste 8 de março, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional do Ramo Químicos (CNQ) e sindicatos filiados por todo o país denunciam as injustiças e as opressões que as mulheres sofrem no mercado de trabalho e em todos os âmbitos da sociedade.

“É uma data para reivindicarmos nossos direitos e nossa dignidade, e para exigirmos mudanças estruturais que garantam a igualdade e o fim da exploração capitalista e patriarcal. Por isso, é preciso que todas e todos se mobilizem nessa luta, que não é apenas das mulheres, mas de toda a classe trabalhadora”, completa Lucíola Semião.

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