A obsessão capitalista por produtividade associada às perdas de direitos trabalhistas e precarização nas relações de trabalho tem comprometido a saúde mental dos trabalhadores.
Como consequência negativa, doenças como ansiedade, stress, depressão e Síndrome de Burnout são cada vez mais comuns entre trabalhadores.
As empresas parecem não compreender que o excesso de cobranças, motivadas por metas e competitividades abusivas, criam ambiente de tensão, disputas e desmotivação, ocasionando doenças ocupacionais, que prejudicam as condições de eficiência dos trabalhadores, que cada vez mais buscam por tratamentos de saúde e necessitam de afastamento das atividades laborais, o que compromete a própria produtividade buscada pelas empresas.
O Sindiquímica alerta ao patronato que ambientes de trabalho saudáveis, além de uma exigência legal, são fundamentais para o bom funcionamento das empresas e a efetiva atuação dos trabalhadores. Por isso, Menos Meta, Mais Saúde!
O que é a Síndrome de Burnout
Ansiedade e stress, assim como depressão e a Síndrome de Burnout são as doenças mais comuns entres os trabalhadores vítimas das longas jornadas, excesso de cobranças por metas e produtividade. A Síndrome de Burnout foi, inclusive, considerada doença ocupacional pela nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em janeiro deste ano.
Os sintomas da doença, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional são stress e exaustão extrema – mental e física – e são causados por condições desgastantes de trabalho.
A Síndrome de Burnout tem origem após um período de exposição ao excesso de responsabilidade, pressão, cobranças e competitividade.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de seis meses nessas condições já tornam o trabalhador suscetível à doença. Além do cansaço físico e mental, também são sinais dores de cabeça frequentes, alteração de apetite, insônia, falta de concentração, sentimentos de fracasso, insegurança, incompetência e desesperança, além de alterações de humor, pressão alta e dores musculares.
Os especialistas alertam que o quadro pode evoluir para a depressão profunda. Por isso é essencial ficar atento aos sinais e buscar ajuda profissional de psicologia ou psiquiatria.
Para evitar a Burnout, além de buscar tornar saudável o ambiente de trabalho, negociando condições com orientação da representação sindical, atos simples no dia a dia podem ajudar a minimizar os riscos, como atividades físicas, socializar com amigos e família, fugir da rotina do dia a dia, evitar drogas, até mesmo tabaco e álcool e, principalmente, descansar de forma adequada. Ao menos oito horas diárias são necessárias para recuperar energias físicas e mentais