Acidente na Braskem

No dia 07 de setembro ocorreu um estouro de um vaso que foi adaptado para análise, na unidade 350 da UA1 da Braskem. Recebemos a denúncia, questionamos a empresa e algumas ainda não foram respondidos. Em paralelo, resolvemos buscar mais respostas. A empresa, de praxe, puniu trabalhadores na base da pirâmide com demissão, suspensão e repreensão.

Constatamos que tinha nas metas de alguns trabalhadores, para fins de PLR, a adaptação deste sistema, sem instrução alguma. O vaso foi deslocado, instalado e com apenas bloqueios através de válvulas, não foi isolado com raquetes e nem com avisos que não estava permitido a operação do sistema.

As perguntas:

Quem autorizou a instalação do vaso?

Quem assina o projeto? Quais setores responsáveis?

Laudo da inspeção do equipamento, mostrando parâmetros de operação?

Como foi a metodologia de investigação?

Os envolvidos foram ouvidos? A CIPA participou da investigação?

Por que o equipamento não estava isolado?

Como uma meta desta é sugerida nos PA´s e quais as responsabilidades de cada envolvido?

A empresa, através de algumas lideranças, se utiliza de termos, na Braskem como: “integrante”, “dono de área” e até faz trabalhador virar “empresário” da área. Na aparência é para tirar o trabalhador de uma condição que eles acham inferior, para na essência “punir” e responsabilizar quando algo der errado. Empresário e donos da área são os sócios, donos da empresa. Trabalhador vende seu tempo e capacidade de trabalho e é remunerado através de salário não é dono da empresa.

Estes questionamentos precisam ser respondidos, a credibilidade da Braskem e de suas respectivas lideranças ficam na ótica da desconfiança, quando instalam um comitê de investigação que pode parecer um tribunal de exceção. O ambiente de insegurança está imperando, neste momento, aos trabalhadores devem evitar se envolver em qualquer meta que apareça ser absurda e denunciem, para que não sejam vítimas de um discurso da Braskem. Ao que parece, a TEO ainda faz vítimas.

 

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