Anistia para Golpistas Não. Pela memória das vítimas da Ditadura Militar e pela Democracia.

No dia 1° de abril de 1964, um golpe militar, apoiado pelas elites políticas e econômicas, mergulhou o Brasil em um período obscuro e violento de censura, repressão à liberdade e ataques à democracia por 21 anos.

De 1964 a 1985, o Brasil viveu sob governos militares que impuseram um regime autoritário com repressão política, assassinatos, perseguições e aniquilamento de organizações da classe trabalhadora. Sucederam-se cinco governos sob o comando de generais, que resultaram também em processos de corrupção, dependência econômica e crescimento da dívida externa.

Agora, 61 anos depois, pela primeira vez na história do Brasil, militares serão julgados pela Justiça  pela tentativa de um golpe de Estado no país, com aqueles atos de desordem contra as instituições dos poderes no dia 08 de janeiro de 2023, tentando instaurar um governo reprovado nas urnas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de acatar as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, incluindo comandantes militares, tornando todos réus em um processo penal que pode levá-los à prisão. São considerados o núcleo crucial da trama golpista.

Assim como os demais réus que respondem por tentativa de golpe, invasão, depredação do patrimônio público e outros crimes contra o Estado Democrático de Direito, os golpistas tentam relativizar seus atos e mantêm discursos vitimistas de perseguição política. Estão se articulando no Congresso Nacional por uma anistia às penas e à responsabilidade.

Mas a sociedade brasileira, que construiu com muita resistência os valores democráticos que sustentam o país, não aceita a anistia aos golpistas.

A democracia sobreviveu aos anos de chumbo e aos ataques recentes, mas não podemos permitir que a impunidade alimente novos atentados. A Justiça deve ser feita para que nunca mais se repita. Ditadura nunca mais.

*Em tempo*

Nesta terça-feira, 1° de abril, 14h, a CUT realizará em sua sede o debate “A Questão Militar no Governo Lula”, com a presença dos professores Ana Penido, Marcelo Buzetto, Valter Pomar, Suzeley Kalil e o jornalista Breno Altman. O evento será transmitido ao vivo pelas redes sociais da CUT (Youtube e Facebook).

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