Campanha Salarial Químicos e Petroquímicos
Sindiquímica informa em reunião que categoria rejeitou proposta patronal
Mais uma rodada de negociação ocorreu nesta quinta-feira, 05/10, entre o Sindiquímica e o Sinpeq, sindicato que representa as empresas químicas e petroquímicas da Bahia.
O Sindiquímica reafirmou na reunião o desejo de chegar a um bom entendimento para assinatura da Convenção Coletiva do Trabalho 2023-2025, mantendo a data base em 1º de setembro de 2023. O Sindicato comunicou que realizou assembleias com a categoria, em todas as fábricas, e que a proposta apresentada pelo Sinpeq, que não oferece aumento real nos salários e demais itens econômicos, foi rejeitada pelos trabalhadores.
Nas assembleias, de forma democrática, os trabalhadores e trabalhadoras reforçaram que os diversos custos da cesta básica subiram acima da média inflacionária e que as assistências médicas e odontológicas, que são custos essenciais e descontados diretamente na folha de pagamento, também vem sistematicamente aumentando mais que os salários, resultando na redução do poder de compra das famílias.
Depois de seis anos sem avanços das negociações, em 2023, com as mudanças da política econômica apresentada pelo novo governo, 90% das categorias estão conquistando ganhos reais. Até mesmo o sistema FIEB, ao qual as empresas químicas e petroquímicas são filiadas, fecharam Acordo Coletivo com ganho real. A nossa categoria não pode ser a exceção à regra e ficar mais um ano sofrendo, sem aumento real ou qualquer conquista que amenize o empobrecimento ocorrido nos últimos seis anos.
Representando o desejo e direitos dos trabalhadores, o Sindiquímica reafirmou a pauta de reivindicação apresentada e clama às empresas e ao sindicato patronal que compreenda a situação econômica dos trabalhadores e trabalhadoras que sofrem com essa política de arrocho salarial.
Diferente das empresas de capital intensivo, cuja folha de pagamento é irrelevante para viabilidade do negócio, para os trabalhadores e trabalhadoras, os salários representam a única fonte de renda e o único meio para garantir a sobrevivência e o sustento de suas famílias.
O Sinpeq se comprometeu em levar à Assembleia Patronal o posicionamento de rejeição dos trabalhadores, para discussão e deliberação da continuidade da negociação com vista à assinatura da Convenção Coletiva do Trabalho.
Esperamos que na próxima reunião, ainda a ser agendada, as empresas avancem em uma proposta que realmente atenda às reais necessidades dos trabalhadores.
Não aceitaremos continuar sem ganhos reais. Sabemos da importância da nossa categoria para a melhoria da economia, que já dá sinais de avanços, possibilitando melhores negociações das diversas outras categorias laborais. Nós não ficaremos de fora.