A prefeitura de Salvador precisa incluir trabalhadores da indústria que residem na capital no plano prioritário de vacinação.
O Sindiquímica está há mais de um mês lutando pela vacinação dos trabalhadores da indústria, e, apesar da vitória na capital baiana, o critério de imunizar apenas quem trabalha em Salvador é injusto. Existem muitos trabalhadores que residem na capital, mas que têm os seus postos de trabalho na região metropolitana, em localidades onde existem grande concentração de indústrias. Essas pessoas precisam urgentemente entrar no plano prioritário, pois elas fazem parte da população de Salvador, e não faz sentido algum excluir um público que está exercendo funções similares, correndo os mesmos riscos e que em nenhum momento da pandemia pararam de trabalhar.
A Prefeitura de Salvador e a FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia) devem rever imediatamente os critérios de vacinação, pois da forma que está, além de atrasar a aplicação da vacina em trabalhadores que deveriam estar protegidos desde o início da imunização, vai sobrecarregar as regiões onde as indústrias estão localizadas, visto que terão que vacinar a população de outro município.
Não podemos perder mais nenhum trabalhador vítima desta doença por não poderem ficar em casa, já que desenvolvem um serviço essencial, especialmente neste momento de crise sanitária. Sem a dedicação deles não haveria seringas, remédios, álcool gel, produtos de limpeza e demais insumos da indústria.
Se hoje ainda é necessário priorizar grupos por questão de risco, seja ele relacionado a idade, comorbidades ou tipo de trabalho, é culpa do governo federal e do seu negacionismo. A recusa das vacinas, a falta de políticas públicas e o investimento em medicamentos sem eficácia fizeram com que ainda seja preciso priorizar grupos. A vacina é um direito de todos, mas infelizmente não está disponível para todos.