Trabalhadores contra a LGBTfobia, o racismo e o sexismo
O dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, serviu para a sociedade brasileira, mais uma vez, ser alertada para a gravidade dos crimes cometidos por motivações homofóbicas. O Brasil é um dos países que mais mata lésbicas, gays, bissexuais e, em especial, travestis e pessoas trans. Dados publicados pelo Observatório de Mortes e Violência contra LGBTQIA+ mostram que entre os anos de 2000 e de 2021, 5.362 pessoas foram mortas apenas em função de sua orientação sexual ser diversa à heternormatividade.
Outro ranking que envergonha o Brasil é o de ser um dos países mais violentos contra as mulheres. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 revela a gravidade da violência contra mulheres, mesmo durante a pandemia. Apenas entre março de 2020, mês que marca o início da pandemia de covid-19 no país, e dezembro de 2021, foram registrados 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro (incluindo vulneráveis). No Brasil, as mulheres negras são as maiores vítimas das violências, incluindo as promovidas pelo próprio estado brasileiro.
O dia 25 de Julho é o Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. O tema deste ano é “Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver!”. Estre os temas que serão debatidos ao longo do mês estão: poder para as mulheres negras; enfrentamento às violências, genocídio e feminicídio; eleições e democracia; saúde das mulheres negras e aumento dos índices de fome, desemprego e pobreza entre as mulheres negras durante a pandemia. Acompanhe essas agendas e participe das mobilizações. Vamos dar um basta ao racismo, ao sexismo e à LGBTfobia.