Nota de Pesar
O Sindiquímica Bahia lamenta profundamente o falecimento da médica e pesquisadora, Margarida Maria Silveira Barreto, nesta quinta-feira (3). Voz ativa e corajosa na denúncia do assédio moral nos ambientes de trabalho, ela lutava há mais de um ano contra um câncer. Aos familiares, amigos e companheiros de luta, nossa solidariedade.
Margarida Barreto foi pioneira nos estudos sobre assédio moral e sexual no país e questões relacionadas à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras.
Atuou diretamente junto ao Sindicato dos Químicos de São Paulo e em atividades organizadas pela CUT (Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras) e entidades filiadas, ajudando a identificar o impacto das diversas formas de assédio na vida dos trabalhadores, em especial o assédio sexual sofrido pelas mulheres.
Com Doutorado em Psicologia Social, foi professora da Pós-graduação em Medicina do Trabalho da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Margarida Barreto escreveu, com Roberto Heloani, ‘Assédio Moral – Gestão por Humilhação’ (Juruá, 2018), além de ‘Violência, Saúde e Trabalho. Uma Jornada de Humilhações’ (Educ, 2003). A pesquisadora também integrou o estudo “Do Assédio Moral à Morte de Si – Significados Sociais do Suicídio no Trabalho”, uma pesquisa com 400 trabalhadores das indústrias químicas de São Paulo, em 2010
_“Muito impactante constatar que o trabalho esteja sendo tão duro com as pessoas a ponto de, além dar o sangue e o suor, dar a vida em determinados casos”_, Margarida Barreto.